Quentin Tarantino é um dos meus diretores preferidos, portanto as expectativas que nutro antes de seus lançamentos são enormes e talvez isso tenha atrapalhado um pouco minha experiência com Django Livre. Não que o filme seja ruim, longe disso. Investindo desta vez no gênero western e tecendo um retrato tarantinesco da história do racismo nos Estados Unidos, o diretor nos apresenta a mais uma história de vingança. Django é um escravo que ganha a liberdade graças a um alemão caçador de recompensas. Não demora muito e os dois unem forças para caçar e matar bandidos e também para resgatar a esposa de Django, escrava no rancho do ardiloso Calvin Candie.
O grande deslize de Django Livre é a sua duração esticada. Claramente, algumas cenas não precisavam se alongar tanto. Os monólogos sempre interessantes dos filmes do diretor desta vez não impressionam tanto, mas as qualidades de Django Livre e o desempenho dos atores simplesmente não deixam as coisas ficarem cansativas.
Tarantino é um dos poucos diretores que conseguem fazer da violência puro entretenimento, algo que fica ainda mais evidente aqui. Não é todo dia que um filme de vingança com sangue jorrando de maneira abundante nos faça rir em boa parte do tempo. Isso sem falar naquela inesperada e hilária cena envolvendo a KKK.
Não é um novo Bastardos Inglórios e muito menos um novo Pulp Fiction, mas trata-se de mais uma ótima história contada pelo um dos melhores cineastas da atualidade.
7/10
Crítica: Django Livre (2012)

Eu gosto bastante de Django, dei nota 4/5 no meu blog, mas concordo quanto a não ser o melhor de Tarantino. Por exemplo, não entrou nem no Top 5 que fiz do diretor. No entanto, acho um filme acima da média as produções americanas e talvez a sua montadora, Sally Menke, que morreu ano passado, tenho feito falta para o filme ficar mais dinâmico, digamos assim. Abração!
verdade Celo, aparentemente a Sally Menke fez falta. O Fred Raskin que a substituiu tem no currículo filmes como Velozes e Furiosos e The Lazarus Project, ou seja…
Olá Bruno! Pois é man, eu também gerei enormes expectativa mas ao contrário de você, não me atrapalhou em absolutamente nada. Filmaço. Apaixonante, violento, libertário, romântico, enfim… ouso dizer que pode ser o melhor do Tarantino. Vou rever e muito ainda!
Estou adicionando seu blog ao meu. Eu lembro que te seguia e o lia há algum tempo, mas acho que você mudou de domínio, né?
Falow!
Abs.
Rodrigo
http://cinemarodrigo.blogspot.com.br/
eu lembrei do teu blog tb cara! adicionei!
olha, eu tive meus problemas com o filme, mas sem dúvidas quero ver de novo mais pra frente… mas acho que dificilmente algo superará pulp fiction e bastardos para mim!
Olá. Parabéns pela crítica e pelo blog! Concordo com você que Django não é melhor que Bastardos. Mas é um ótimo filme também. Achei também bem extenso. Mas Tarantino continua fazendo muito bem sua mistura de drama, comédia, romance, aventura, ação. Tudo junto e misturado. Também escrevi sobre este filme no meu blog. Se quiser dar uma passadinha lá e conferir, fique a vontade: http://www.raquelmariano.wordpress.com
Bjos!
obrigado!
é dificil um diretor que misture tanta coisa assim e alcance os resultados do tarantino.
Concordo..o tempo foi uma falha. Poderia ter 30 minutos a menos.
Mas, ainda assim gostei muuuuuito do filme.
abraços e viva Tarantino.
certamente!
Pois é, o tempo foi um grande problema, e não exatamente pela duração do filme, mas pela duração das cenas, se é que me entende, fica uma sensação de que não precisava em alguns momentos. É um filme acima da média, de fato, ainda mais com algumas coisas que estamos vendo por aí. Mas que para o padrão Tarantino ficou mesmo aquém.
concordo inteiramente… pena!
“Django Livre”, pra mim, foi um daqueles filmes que pecou pelo excesso. Excesso de violência, excesso de duração, excesso de paixão! Mas, acho que isso é um reflexo da forma apaixonada com que o Quentin Tarantino realiza o ofício de diretor. Ele é um apaixonado pelo cinema, pelo que faz, e isso se reflete em seus filmes. Acho uma obra inferior à “Bastardos Inglórios”, porém é inegável que “Django Livre” tem muita qualidade técnica e performances excelentes, especialmente de Christoph Waltz, Samuel L. Jackson (tive nojo do personagem dele) e Leonardo DiCaprio.
fica dificil decidir quem foi o melhor ator aqui… Tarantino é mestre nisso tb!
Acho que é uma unanimidade que este filme exagerou. Tempo demais, cenas em excesso (algumas totalmente desnecessárias). Mas a direção de Quentin é precisa. Ou quase sempre precisa. O roteiro é mesmo o maior problema.
Ótimas atuações, só não entendi a adoração repentina por Christoph Waltz nos prêmios, se Samuel L. Jackson e Leonardo Dicaprio estão superiores.
E não aceito que me mandem ver um filme de Tarantino sem expectativas, porque como você, também sou fã e sempre espero algo bem acima da média. DJANGO não está acima da média de Tarantino, mas está acima da média de muitos filmes por aí.
Abraço!
é exatamente isso, pro tarantino ficou abaixo… infelizmente!
olha, achei o christoph waltz excelente, mas concordo.. di caprio e samuel l jackson estão melhores
Quentin Tarantino é mesmo um mestre em construir histórias sobre vingança. Para os personagens de Tarantino, vingança não é um prato que se come cru. É um prato que se delicia aos poucos, sentado a uma mesa bem posta e, de preferência, com o corpo de seu inimigo a servir de assento. Christoph Waltz está estupendo, construindo seu personagem com um misto perfeito de ironia, intensidade e cinismo. (www.dicaselistas.blogspot.com)
ele é mestre no assunto!
Ainda não vi e apesar de muitos criticarem não deixa de ser um Tarantino, imagino suas obras como quadros de pintores como Picasso, Da Vinci, Monet, Dali, Van Gogh, todos são obras de artes, apenas incompreendidos no tempo de lançamento!
Abraço!
de fato, Tarantino é sempre tarantino… o que é dizer muito!
Estava também com as expectativas lá em cima e, ao contrário de você, me senti correspondido,
Achei sensacional o filme, me diverti horrores no cinema, não é o melhor de Tarantino, mas é muito bom.
não tem como não se divertir com um filme do Tarantino…ele é o cara, basicamente! apesar de levemente decepcionado, fui suficientemente entretido, isso é fato
Para um nível Tarantino, acho esse filme um tanto fraco, muito por conta de um roteiro que se estende demais. Mas mesmo assim, para a média geral, é um bom filme, prende a atenção do início ao fim. Mas além disso, tem é um grande libelo contra o racismo e a escravidão, tipo de contexto político-social que poucas vezes se vê discutida tão fortemente num filme do diretor.