O Ladrão de Bagdad, adaptação livre de “As Mil e Uma Noites”, foi o filme mais caro de seu tempo, com um orçamento superior a 1 milhão de dólares. Não é difícil reconhecer esse investimento, já que não faltam cenários pomposamente detalhados, efeitos especiais avançados para época e um número expressivo de figurantes.
Douglas Fairbanks produziu, escreveu e estrelou essa interessante aventura do cinema mudo. Ele interpreta o ladrão do título, um tipo de anti-herói carismático cujo objetivo passa a ser conquistar o coração da princesa. Para isso, ele concorre com outros três pretendentes. Eles tem 7 dias para encontrar o tesouro mais raro. Quem conseguir terá a mão da moça.
Ainda que na primeira parte seja divertido ver Fairbanks demonstrando os seus dotes de acrobata, é mesmo da metade para o fim que O Ladrão de Bagdad encanta. Explorando as recém-descobertas potencialidades do cinema, a trama nos apresenta a elementos fantásticos e fabulescos, como cordas mágicas, tapetes voadores, lagartos gigantes e aranhas aquáticas. O diretor Raoul Walsh nos transporta com competência para esse verdadeiro mundo de sonhos, onde praticamente tudo é possível.
O filme tem suas falhas, mas ainda hoje oferece um bom entretenimento para quem tem paciência de encarar 140 minutos sem diálogos audíveis.
8/10




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O LADRÃO DE BAGDAD (THE THIEF OF BAGDAD, 1924)