Meu primeiro contato com Twenty One Pilots foi quando escutei Stressed Out, basicamente a música mais famosa da banda se considerarmos o número de ouvintes no Spotify.
Gostei da música, mas não o suficiente para realmente me interessar por eles.
Isso mudou com o fantástico Trench de 2018. Esse álbum foi um dos que mais escutei durante a pandemia. Realmente mergulhei nas letras e viciei em algumas músicas. Não me tornei fã, mas decidi acompanhar os lançamentos a partir daquela época.
Eis que soube que eles iriam tocar em Curitiba e aí me aprofundei em toda discografia. Nesse processo, meio que comecei a realmente gostar da dupla.
Algumas horas antes do show choveu bastante em Curitiba. Por um momento cheguei a pensar em desistir de ir. Sorte que a chuva foi diminuindo e rumei para a pedreira. Uma escolha acertadíssima.
Foi curioso ver inúmeros fãs utilizando roupas e adereços que faziam referência ao lore da discografia deles. Eles tem uma base de fãs bem fiel e no final da noite deu para entender o porquê.
Ah… e teve uma banda de abertura com um som legalzinho e um nome peculiar: Balu Brigada. Eles são da Nova Zelândia e estão acompanhando o TOP nessa turnê.
Bom, devo dizer que o show do Twenty One Pilots é um verdadeiro espetáculo. O telão mostra imagens empolgantes que casam perfeitamente com as músicas. E Josh e Tyler se divertem e interagem com o público das mais variadas formas, fazendo com o que a galera realmente sinta que faz parte da experiência.
São só os dois no palco: Josh na bateria e Tyler na voz e em alguns instrumentos. Mas também dá para perceber bases pré-gravadas, o que faz sentido no caso deles.
Logo no começo rolou uma “mágica”. O Tyler sumiu e apareceu em um lugar lá no alto da Pedreira. Foi divertido.
E quanto a mais interação? Bem, em uma sequência de músicas Josh toca em um espaço já preparado no meio do povo e Tyler também, um de cada lado. E depois eles invertem o lado.
Isso sem falar nas vezes que Tyler conversa com a galera, fala o nome da cidade e também quando vemos Josh usando uma camiseta em que se lia “Curitiba”.
Rolou também uma criança cantando o refrão de Ride. O menino até que mandou bem.
Destaque para a famosa Blurryface, Tear in my heart e a puro rock Jumpsuit, com direito a labaredas de fogo inflamando geral.
E no final, eles são carregados pelo público enquanto tocam a maravilhosa Trees, com direito a chuva de papel picado e a galera indo ao delírio. Até eu saí do chão.
A dupla oferece um show muito empolgante, apesar de bem ensaiadinho. Eles transmitem a sensação de que realmente estão felizes por tocar e por estar onde estão. Neste caso na minha cidade natal.
Para completar, os dois cumprimentam o povo no caminho e saem abraçados. Parceria total.
Depois dessas quase duas horas cheias de energia que passaram voando só me restou uma opção: virar fã.
E assim me considero agora, inclusive já estou na expectativa para um próximo álbum e turnê.



