Este é um pequeno review das bandas que assistimos no Lollapalooza Argentina 2025.
Luz Gaggi
Conhecia muito pouco. Tinha gostado de algumas músicas no Spotify, mas não era algo que me motivava. Só assisti por ser o show antes do Arde Bogotá para pegar um lugar bom. E a verdade é que me surpreendi. Luz Gaggi tem uma voz de longo alcance e muito carisma. Suas músicas são de um pop com energia e muitas vezes dançante. Sobrou tempo para ela mostrar que sabe também cantar com um certo lirismo. E ela conversa com os fãs como se fossem amigos/as dela. Divertido.

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Arde Bogotá
Farei um texto dedicado ao somente show do Arde Bogotá, mas já adianto umas coisas:
- Superaram todas as expectativas. São ótimos ao vivo.
- Antonio Garcia literalmente olhou e cantou pra gente (um reconhecimento aos fãs mais empolgados).
- Tinha muita gente (enzos e valentinas) esperando o show da Tate McRae e Shawn Mendes. Esses não estavam nem aí pro Arde Bogotá e ficaram estáticos.
- La Torre Picasso é uma obra-prima e foi um momento grandioso testemunha-la ao vivo, com direito a chuva e todos os membros da banda destruindo.
- 10 músicas é muito pouco.
- No futuro vão ficar ainda maiores e vão levar mais gente para shows fora da Europa. Estão trilhando um belo caminho.

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Inhaler
Inhaler era a segunda banda que eu mais queria ver, mas decidimos ver sentados de uma certa distancia para dar uma descansada do intenso show do Arde Bogota. Mesmo assim foi um belo show. Os irlandeses do Inhaler ao vivo soam como estúdio e o vocalista Elijah (filho do Bono) interage razoavelmente bem. É um som agradável, empolgante e as vezes até relaxante com refrãos que marcam. No final das contas é um indie rock competente, porém não muito ambicioso. Detalhe para o alto número de fãs cantando todas as músicas. Uma banda em crescimento.

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WOS
Não é à toa que o rapper WOS está tão em alta na Argentina. Do começo ao fim vemos uma enorme entrega. Com bastante energia ele simplesmente não fica parado, motivando o publico a também sair do chão. E o principal é que canta bem, com direito a batidas dançantes e outras mais melódicas que convidam os fãs a cantarem junto. Isso sem falar nos momentos em que ele simplesmente destrói no flow. Detalhe também para a ótima banda de apoio, com mulheres no baixo e na guitarra. Showzão.

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Sepultura
Pensa numa banda que merece respeito de todos que curtem música. Na turnê de despedida estão mandando muito bem, com Nekrutman conseguindo substituir Casagrande a altura na bateria, Derick cantando forte, Paulo Jr com bastante técnica e Andreas sendo o coração de tudo. Os argentinos (e provavelmente alguns brasileiros) fizeram uma rodinha um tanto sinistra, batendo cabeças ao ritmo pegado do trash metal que o Sepultura faz como ninguém. Experiência intensa e especial.

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