Há quem possa considerar Praia do Futuro lento, mas, na verdade, este é um filme que não tem pressa de contar a sua história. O diretor Karim Ainouz nos entrega sequências esteticamente arrebatadoras, inclusive adicionando significado para vários elementos que vemos em cena.
Donato, um salva-vidas, não consegue resgatar um turista que se afogava na praia do futuro. Ele dá a notícia para Konrad, o amigo da vítima, e rapidamente surge uma forte atração entre os dois. A atração é tão grande que o brasileiro resolve passar um tempo na Alemanha, terra natal de Konrad. O drama vivido por Donato já é naturalmente profundo e ganha uma dimensão ainda maior com a intensa atuação de Wagner Moura.
Praia do Futuro é dividido em três atos e é nítido que os dois primeiros funcionam melhor. De qualquer forma, trata-se de uma experiência densa, com dramas pessoais autênticos e enorme carga emocional. Nos envolvemos com os personagens e suas angústias e torcemos para que eles consigam encontrar uma solução para seus problemas.
Não é o melhor trabalho de Karim Ainouz, mas é um dos bons filmes nacionais de 2014.
7.5/10
Lento não diria, mas o filme parece solto demais. Quer construir algumas questões e não convence totalmente. O terceiro ato destoa dos demais, de fato até pelo salto temporal, mas acho que tem resgates importantes e uma das cenas mais bonitas, que é aquela da praia sem mar. E concordo que Wagner Moura está ótimo, dando um ganho impressionante ao personagem. Um filme digno ainda que não perfeito.
Seu comentário resume muito bem o filme, Amanda. Essa cena da praia sem mar é linda…
Preciso ver os outros filmes do diretor, mas esse é muito bom e com certeza um dos melhores nacionais de 2014.
Concordo, Ramon! Gostei muito deste e mais ainda de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho.
Só tenho ouvido elogios a Praia do Futuro. Ainda assim, vou esperar para conferir em casa, quando já será praia do passado. 😉
hahaha… não tem problema, acontece!